A maioria dos brasileiros tem por natureza gostar ou se identificar com momentos adversos. Quando a situação fica complicada é a hora que entramos no fundo de nosso eu e colocamos para fora todo nosso potencial fazendo assim com que aquele momento ruim acabe se tornando bom. Com os meus meninos do vôlei não é diferente. Quando enfrentamos adversários mais fracos, na maioria das vezes nos desconcentramos, relaxamos e perdemos o foco. No jogo de hoje contra a Argentina não foi diferente. Além da ansiedade por ser o primeiro jogo da fase final, pegamos um adversário que mesmo tendo tradição, não chegou ainda ao nível que nós brasileiros apresentamos normalmente. Com isso, um jogo que era esperado um placar de 3 x 0 pela maioria dos torcedores, jornalistas, todos os jogadores e comissão, acabou se tornando um 3 x 2.
Sinto falta de alguma atitude quando vejo a equipe jogar desta forma. Sabemos que temos 12 titulares na equipe e não entendo o porquê de não usá-los. Sei que precisamos da equipe A em forma, mas também acho que se colocarmos sangue novo na equipe, dá uma acalmada na ansiedade de quem estava em quadra, o preparando melhor para um retorno a equipe ou se acaso não retornar ver o jogo de fora e se analisar melhor para o próximo jogo. Hoje as vezes que o Théo e o Marlon entraram, a equipe deu uma levantada. O Théo estava mais solto, mais tranqüilo e apresentou um jogo melhor. O Marlon, preciso como sempre, colocou o Dante de volta ao jogo, não foi a toa que ele terminou a partida com a mesma pontuação que o Murilo (20 pontos).
O Bom de tudo foi que no quinto set jogamos como no primeiro e acabamos fechando o jogo a nosso favor. Agora é arrumar a casa e se preparar para o jogo de hoje contra a Sérvia, que é outra história, pois estaremos enfrentando um adversário do nosso nível.
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